sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Tempestade de mentiras: Navegando pelo mar revolto das Fake News

 


   Tempestade de mentiras: Navegando pelo mar revolto das Fake News
 A esfera tecnológica transformou a maneira como acessamos e compartilhamos informações, proporcionando uma vasta rede de conexões e troca de dados. No entanto, apesar de melhorias significativas no meio da comunicação, essa transformação também trouxe consigo um fenômeno preocupante: a proliferação das famosas “fake News” ou notícias falsas, que assim como nuvens escuras se formam no horizonte, as fakes news começam a surgir de rumores e informações distorcidas, se espalham rapidamente pelas redes sociais ou qualquer outra plataforma de comunicação, essas pequenas mentiras se acumula, criando uma atmosfera tensa e carregada, corrompendo a percepção da realidade e persuadindo a opinião pública a uma dada direção. Este contexto marca também a era da “pós verdade”, na qual fatos objetivos têm menos influência na formação de opiniões do que apelos emocionais e crenças pessoais. 

A desinformação pode ser comparada a um vírus traiçoeiro, que se propaga de forma silenciosa e gradativa, infectando mentes e corrompendo a percepção coletiva da realidade, um exemplo real disso foi no contexto da pandemia do COVID-19, quando a problemática das fakes News tomaram um nível ainda mais elevado, por tantas especulações e divulgações falsas acerca do tratamento e vacinas para este vírus, consequentemente houve um salto na taxa de hesitação vacinal e a desvalorização com as medidas sanitárias altamente recomendadas pela OMS isso foi posto em nota no ano de 2020 por Vinicius Lemos, no site da G1, tais proporções geradas por notícias falsas não afetam apenas a saúde, como também  várias outras áreas, a exemplo, este problema se faz presente na política, onde as informações falsas criam um cenário, no qual a escolha é de persuasão, favorecendo apenas o lado interessado.

 Partindo-se do pressuposto de que, no cenário nacional, a internet vem ganhando mais espaço e alterando significativamente a forma de fazer política desde 2013, constatou-se grande preocupação dos estudiosos em acompanhar as mobilizações articuladas por esse meio sob a perspectiva de se configurarem ou não como grassroots, isto é, movimentos orgânicos de apoio. Nesse sentido, as eleições presidenciais de 2018 representaram um divisor de águas diante da comprovação da existência de propagação coordenada e massiva de fake news como estratégia eleitoral mediante contratação paga de impulsionamentos de conteúdo em redes sociais e disparos em massa em aplicativo de mensagens instantâneas. Expediente usado para simular engajamento e popularidade que, na verdade, inexistem; e, consequentemente, para manipular a opinião pública acerca da narrativa política que se pretende construir. (Sparemberger; Silva, p. 251, 2021.)

Este contexto reafirma como as fakes news se apresentam na política e como a democracia pode ser negligenciada nessa situação, visto que impõe uma escolha sem deixar margens para outras conclusões, levando apenas á um desfecho. 

Passear e explorar as mídias sociais sem uma alfabetização midiática é como velejar em mar tempestuoso, sem bússola, sem mapa, só pela intuição, imagine o quão perigoso isso seria, quando uma fake news se espalha, é como uma tempestade violenta que atinge tudo em seu caminho, as redes socias se tornam um campo de ventos fortes e raios onde a verdade é obscurecida e o caos se espalha,  como solução surge a alfabetização midiática que é crucial na sociedade, para que o indivíduo saiba desenvolver habilidades críticas para analisar e verificar a veracidade das informações encontradas, saber distinguir entre fontes que são confiáveis e as que não são, além do que cidadãos bem informados são essenciais para uma sociedade democrática, ética e informada. Nesse viés, é importante ressaltar que é também de  responsabilidade individual agir corretamente e com consciência levando em consideração o impacto de cada ação realizada sobre si e sobre os outros também.

Com o pensamento de que a temática fake News engloba uma vasta rede de desafios a serem enfrentados, sendo como uma batalha a ser travada em diferentes frentes, dentre elas  educacionais, tecnológicas e pessoais, surge os seguintes questionamentos por estarmos inseridos em uma era em que a informação circula em uma velocidade exacerbada e sem precedentes, como poderíamos distinguir o verdadeiro do falso? Até que ponto estamos conscientes das fontes das notícias que consumimos e compartilhamos? Será que nos permitimos questionar as manchetes que nos atraem ou simplesmente aceitamos aquilo que confirma nossas crenças? Essas são algumas questões que nos fazem refletir se estamos aptos a navegar no mar revolto da era digital.

Referências

Sparemberger; Silva, Revista Reflexão e Crítica do Direito, v. 9, n. 2, p. 251. 2021)

site: https://g1.globo.com/fato-ou-fake/coronavirus/

imagem, site: https://fee.org/articles/is-fake-news-really-fake/?




Autoria de: Rafaela Querino Santos

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